Penas de lata
Joca dos Galos não carrega o apelido à toa.
Desde jovem dedica-se a figuras de aves, como galos e pavões, produzidas a
partir de latas. Para trabalhar durante dois meses, precisa de mil latas.
Recebe doações, mas a maioria compra do lixão da cidade. “E não pode ser
qualquer uma. Uso três tipos de latas grandes. Recorto tudo, soldo com ferro
quente e depois pinto, que é para não enferrujar”, explica.
Tentou ensinar aos mais jovens, mas nem todos se
interessaram. “De dez, apenas três passaram a trabalhar com isso”, lamenta-se.
Mas ele se mantém firme. “É minha vida e o sustento da minha família.”
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